Desfechos de fratura peniana recorrente e suas características epidemiológicas: revisão integrativa da literatura

Autores

  • Juan Eduardo Rios Rodriguez Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
  • Déborah Cristina Andrade Neves Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR)
  • Fabiane Zivanov Roxo Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR)
  • Alexandre Gilberto Silva Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR)
  • Paulo Afonso Lopes Lange Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR)
  • Sofia Tokars Kluppel Complexo Hospital do Trabalhador
  • Paula Cristina Rios Rodriguez Universidade Nilton Lins
  • Cristiano Silveira Paiva Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV)
  • Daniel Elias Carara Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR)
  • Luiz Sérgio Santos Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR)

DOI:

https://doi.org/10.55825/recet.sbu.0190

Palavras-chave:

Pênis, Ruptura, Doenças do pênis, Urologia

Resumo

Introdução: Fratura peniana é definida como perda da continuidade da túnica albugínea do corpo cavernoso que ocorre na maioria dos casos durante a ereção do pênis no intercurso da relação sexual. Há descrição de pacientes que apresentam fraturas recidivantes, no entanto os casos relatados sobre o tema são bastantes escassos, resultando em controvérsias no tratamento. Objetivo: Comparar os artigos selecionados para avaliar estratégias de tratamento e prevenção das recorrências deste tipo de trauma. Métodos: Foram pesquisados artigos completos nas ferramentas de busca nos idiomas inglês, português, espanhol e francês, com o uso das seguintes palavras-chaves: “penile fracture”, “secondary”, “recidivant”, “second”, “repetitive”, “rupture”, “corpus cavernosus”, “refracture of penis”, “sex related injuries” e suas variações. Resultados: Foram identificados 20 artigos após seleção final relatando 24 casos de refratura peniana. No reparo da primeira lesão a maioria dos autores optou por usar fio absorvível, enquanto na recidiva metade escolheu inabsorvível e outra absorvível. A principal causa foi o intercurso sexual entre a faixa etária de 21 a 51 anos, média 39,1 anos. Conclusões: Não foram  identificadas recomendações claras para a prevenção da fratura peniana. Entretanto, por se tratar de um trauma, a prevenção é evitar situações de risco como relação sexual em uso de álcool ou substâncias alucinógenas. Recomenda-se utilizar um fio de sutura que ofereça maior resistência quando comparado ao fio usado no primeiro episódio de fratura.

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Publicado

11-10-2024

Como Citar

1.
Rios Rodriguez JE, Andrade Neves DC, Zivanov Roxo F, Silva AG, Lopes Lange PA, Tokars Kluppel S, et al. Desfechos de fratura peniana recorrente e suas características epidemiológicas: revisão integrativa da literatura. recet [Internet]. 11º de outubro de 2024 [citado 3º de dezembro de 2024];11(2):e0190. Disponível em: https://revista.recet.org.br/index.php/recet/article/view/190