Avaliação Anatomopatológica da Extensão da Neoplasia de Próstata após Prostatectomia Radical: Comparação com Resultados de Biopsia Transretal com Agulha e Psa

Resumo

Introdução: O câncer de próstata é importante problema de saúde pública mundial. No Brasil é o câncer com maior incidência no homem, excluindo o câncer de pele não melanoma, sendo total de 30% das novas neoplasias detectadas. O estadiamento na apresentação inicial se correlaciona com prognóstico e desfecho curativo da cirurgia. Evidencia-se que valor do PSA pré-operatório, escala de Gleason e percentagem de fragmentos acometidos da biopsia transretal se correlacionam com o grau de invasão de tecidos periprostáticos.

Métodos: Estudo retrospectivo com análise de 66 prontuários de pacientes com câncer de próstata submetidos a prostatectomia radical no Hospital Getúlio Vargas, de outubro de 2022 a outubro de 2023. Houve comparação de dados da biopsia de próstata (Gleason e percentagem de fragmentos acometidos) e PSA total com resultado anatomopatológico da peça cirúrgica, para avaliar invasão extraprostática.

Resultados: Nível do PSA sugere invasão extraprostática, pois os pacientes com PSA elevado (g3 e g4) têm maior proporção de positividade (22% e 40% respectivamente). A per­­centagem de fragmentos positivos na biopsia evidencia aumento na invasão de partes moles de acordo com a progressão dos grupos. Houve associação significativa entre o escore de Gleason e o acometimento periprostático cancerígeno.

Conclusão: Diante da prevalência do câncer de próstata no mundo, torna-se evidente a importância de estudos com amostra maior, objetivando dados mais assertivos sobre a relação entre a biópsia de próstata, PSA pré-operatório e extensão extraprostática após a prostatectomia radical, com intuito de aperfeiçoar o tratamento da doença e o tempo de sobrevida dos pacientes.